O mês de Dezembro chegou ao Olimpo, ainda ontem estavamos a passar o ano pra 2007 e já estamos no final do mesmo, é já o ultimo mês altura de fazer um balanço do que bom e mau se passou para nos poder-mos fazer ao novo ano com ganas de vencer.
Então eu, para começar o mês em forma e antes de efectuar o balanço, já que guardo sempre tudo para o fim, aproveitei a manhã para ir dar um passeio pela mata, estava frio... tempo sombrio, já que este dia amanheceu vergonhoso, e nem o sol deixou ver, mas não me neguei e lá fui eu, depois de envergar o fato de treino e preparar um pequeno farnel para quando a fome aperte...
Pelo caminho cruzei-me com caçadores, arreliados por não encontrar uma peça de caça, e com uns coelhitos que por ali andavam, tentando esconder-se e não ser apanhados, parecia mesmo o jogo do gato e do rato... Mas havia outras espécies que também tentavam fugir, muitas delas sem a mesma sorte que os coelhos, que me fazem lembrar os israelitas, têm tuneis em todo o lado sempre prontos para se esconder.
Passada esta fase do percurso, atalhei para outro caminho, que me leva a um monte mais alto onde se pode ter uma vista espectacular aqui da zona, e é muito agradável para contemplar a paisagem, hoje como estava nublado não se via grande coisa, mas ainda assim foi agradável parece um lugar mágico. Ao chegar aproveitei para uma pequena paragem e retemperar energias com um "farnel", que ali vinha á espera de ser degustado.
Estava a veio de comer uma maçã, quando vejo aproximar um vulto vermelho, pensei eu ... será o capuchinho vermelho? e não é que era uma cópia fiel do capuchinho vermelho da história infantil que muitas vezes me era contada enquanto criança, só que numa versão mais adulta e ajustada aos nossos tempos, ou seja muito mais bela e real.
Tal como eu tinha chegado ali cansado a rapariga também ia com os "bofes" á boca. Sentou-se na primeira rocha que encontrou... levava as faces rosadas... quase mais que o casaco que envergava. Minutos depois conseguiu soletrar algumas palavras
e pediu-me água. Continuamos a conversa e os motivos que nos faziam estar ali, as semelhanças com o capuchinho vermelho eram cada vez mais, já que esta jovem moça também ia para casa da sua avozinha, e sendo feriado decidiu aproveitar o dia também para o exercicio fisico fazendo o caminho a pé, pelo atalho da serra como era conhecido este percurso antigamente e era feito pelas gentes da aldeia para chegar á cidade... Nos dias de hoje está pouco transitável já que poucas são as vezes que alguém se aventura a caminhar por ali. Acabamos por perder a noção do tempo, enquanto iamos conversando sobre histórias passadas por aquelas bandas enquanto crianças.
Com a mudança do vento, que parecia trazer uma tempestada para a tarde, ouvimos o sino da igreja, dar uma hora da tarde... e reparamos como já era tarde, já levavamos ali pelo menos três horas na conversa. Como iamos na mesma direcção, acabamos por fazer o resto do caminho juntos...
E assim, acabei por levar a capuchinho vermelho a casa da avózinha sã e salva das garras do lobo mau :-)
_BaCo_